Aproximadamente 500 pessoas de vários municípios da região participaram
na tarde deste domingo da primeira Marcha das Vadias em Maringá, que
percorreu as ruas do centro da cidade pedindo igualdade de direitos
entre homens e mulheres.
Mulheres de diferentes idades, homens e crianças se concentraram no
cruzamento das avenidas XV de Novembro e Getúlio Vargas, em frente à
prefeitura, e seguiram até o Estádio Willie Davids cantando um maracatu
especialmente composto para a marcha que visou chamar a atenção para a
violência contra a mulher, pelo direito ao aborto, criação de creches
para que mães que trabalham ou estudam possam deixar seus filhos e pela
igualdade de direitos.
A manifestação, que nasceu no Canadá, já aconteceu em vários países e
neste ano foi realizada em várias cidades brasileiras. Em Maringá o
movimento foi organizado por um grupo independente formado por alunos e
membros da comunidade acadêmica da Universidade Estadual de Maringá
(UEM).
"A palavra vadia vem com um significado social muito forte. A palavra
parece feia, mas muito mais feio é o machismo. O nome remete a um caso
que ocorreu na Universidade de Toronto, no Canadá, quando um policial
que, em seu depoimento sobre segurança no campus, defendia que para
evitar estupros, as mulheres não deveriam se vestir como 'vadias'. Isso
causou revolta, dando início à marcha", explica uma das organizadoras do
evento em Maringá, Camille Balestieri, estudante de Comunicação e
Multimeios, da UEM.