Servidores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) que praticam a jornada de trabalho diferenciada realizam nesta terça-feira (7) duas assembleias para discutir uma possível paralisação. Os trabalhadores aguardam até a noite desta segunda-feira (6) por uma solução do governo do Estado para as 12 categorias que cumprem carga horária semanal inferior a 40 horas.
Eles haviam aprovado greve, porém na última sexta-feira (3) suspenderam a paralisação após acordo com o secretário de Estado da Ciência e Tecnologia (SETI), Alípio Leal, e o diretor geral da Secretaria de Governo (Seeg), Jamil Abdanur Júnior. O Estado se comprometeu a enviar até esta segunda-feira o documento suspendendo a aplicação da jornada de 40h para os servidores com carga horária diferenciada.
"Estamos aguardando o pronunciamento do Estado. Mas esperamos que se cumpra aquilo que foi combinado. A comissão formada para estudar o assunto tem que ter tempo para encerrar os trabalhos. Caso o governo não cumpra com o sua parte do compromisso nós podemos aprovar uma paralisação", avaliou o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Técnico-Administrativos (Assuel), Marcelo Seabra.
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Doze categorias cumprem carga horária diferenciada
Servidores de diferentes profissões como enfermeiros, radiologistas, cirurgiões dentistas, assistentes sociais, jornalistas, telefonistas, entre outros praticam jornada de 20 h, 24h, 25h, 30h e 36h semanais. Porém, após a sanção da Lei Estadual 17.382 de 2012, os profissionais terão que fazer 40h semanais.
Entre os questionamentos feitos pelo sindicato, a falta de cumprimento da legislação federal que aprova a carga horária diferenciada. "Embora não se tenha a obrigatoriedade de cumprir a lei federal, deveria haver um bom senso do Estado. Se a uma telefonista tem que trabalhar 30h isso tem um motivo. No caso do técnico em radiologia, ele nãopode ficar exposto muito tempo à radiação", comentou.
Para Seabra, a mudança fere a lei trabalhista, principalmente no que se refere à saúde do servidor. A assembleia para os servidores do HU está marcada para às 9h. Já no campus da UEL o encontro da categoria deve ocorrer às 11h.
Na região
Parte dos servidores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) aprovaram nesta manhã, durante primeira etapa da assembleia geral, o indicativo de greve da categoria. A segunda etapa da discussão dos servidores ocorre às 18h, no ambulatório do Hospital Universitário de Maringá (HUM).
"Não estamos sozinhos, como o governador vinha dizendo. Se no final de tudo o Estado ainda não quiser regulamentar, vamos apelar para a Justiça. Mas essa será outra batalha", avaliou o presidente do sindicato dos servidores em Londrina, Marcelo Seabra.