Quem tem mais de 30 e poucos anos certamente se lembra do seriado do
MacGyver, um gênio - não o gênio da lâmpada, mas sim um homem genial -
que conseguia sair das situações mais perigosas criando saídas criativas
e muito, muito inusitadas e usando objetos simples como botões e
grampos. (Este seriado ainda pode ser assistido no canal fechado TCM)
Uma invenção de um brasileiro bem que poderia ter saído
do tal seriado dos anos 80, já que o que simplório aparelho
desenvolvido custa apenas 4 reais e pode substituir um outro que custa
25 mil dólares. A invenção,
liderada pelo cientista Jesuí Vergilio Visentainer, da Universidade
Estadual de Maringá, é tão fantástica que mereceu estampar a capa de
junho da Revista Analyst, da Royal Chemical Society.
E para construir o equipamento são necessários itens como uma lata de ar
comprimido, uma mangueira de soro, uma agulha de injeção e um capilar
de sílica. Além de sensível (o que traz benefícios a seu uso), ele é
portátil. A utilidade do equipamento é realizar de forma mais simples as
análises feitas por espectrometria de massas - análise dos componentes
químicos presentes em um determinado material.
Para se ter uma ideia de como o invento é revolucionário, a
espectrometria de massas pode ser utilizada no exame antidoping, cujo
resultado poderá ser apresentado em 30 minutos. Testes para avaliar
contaminações químicas e microbianas também são feitos por esse método,
que até agora, apenas eram possíveis em grandes e caros laboratórios.
“Caras” como esses merecem todos os nossos aplausos e devemos - e muito - nos orgulharmos deles.