Atendendo a comunidade de Umuarama e região, o Hospital Veterinário (HV) do Campus Regional da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no Paraná, estuda ampliar seus serviços com uma parceria entre a Prefeitura. A união das organizações promoverá a castração de animais para a comunidade mais necessitada, formando um programa de controle populacional animal.
Segundo o professor e coordenador do HV-UEM, Oduvaldo Câmara Marques Pereira Júnior, a diretoria do hospital está conversando com a Secretária Municipal de Saúde para viabilizar o programa de controle populacional, visando os animais da comunidade carente da cidade. Ainda segundo o coordenador, só no Campus de Veterinária da UEM são abandonos de um a dois cachorros por mês. “O controle populacional é um problema em qualquer cidade e também para os animais. É uma situação que precisamos trabalhar com inteligência para surtir efeitos”, disse.
Para firmar a pareceria, os custos com materiais estão sendo levantados e serão repassados à Administração Municipal. “Precisamos limitar o número de animais por semana. Mas esse programa tem visão de longo prazo, até permanente, uma vez que o controle populacional é feito a longíssimo prazo”, informou o veterinário.
Hoje o HV-UEM conta com um programa no mesmo sentido, mas ainda é limitado devido os custos com materiais usados para as cirurgias. Com o apoio do município o serviço será ampliado, diminuindo o número de animais abandonados. “Além de Umuarama, temos uma parceria com uma ONG em Moreira Sales, onde também realizamos as castrações. A prefeitura de Mariluz também está interessada no programa”, ressaltou Júnior.
Atendimento ao público
Mesmo sendo um hospital público vinculado a UEM, o HV precisa repor os
materiais utilizados nos procedimentos e atendimentos realizados com a
comunidade. De acordo com Câmara Marques, os valores cobrados são
mínimos comparados com os serviços prestados nas clínicas particulares.
“As universidades cobram no máximo a metade dos valores praticados pelas
clinicas particulares, pois somos hospitais escolas. O objetivo é a
formação de alunos”, explicou.
Material de cirurgia, exames laboratoriais, medicamentos entre outros produtos possuem um custo elevado para a instituição e por isso é necessário a cobrança para repor os estoques. “Queremos atingir a comunidade que tem dificuldade financeira. Pois poderemos ajudar essas pessoas que tem animais que precisam de atendimento. Se a pessoa é carente fazemos o possível para poder atender, principalmente por se uma universidade pública temos o dever de atender a população”, garantiu o professor.
O hospital tem capacidade de oferecer todos os serviços desde o atendimento clínico até os procedimentos cirúrgicos, exames laboratórios, para os pequenos e grandes animais. Os atendimentos ocorrem das 8 horas às 12 horas e das 13 horas às 18horas. “Pode ligar e agendar um horário, ou se for emergência é só chegar que será atendido”, disse o veterinário.
Hospital público
De acordo com Oduvaldo, hospital gratuito só existe em São Paulo
capital, devido todos os custos envolvidos para manutenção desse formato
de hospital. “A legislação exigi um investimento bastante alto,
aproximadamente R$ 2 milhões e a manutenção não é pouca, o custo de
material de giro mensal é grande. Para uma prefeitura em uma cidade como
a nossa fica inviável”, informou.