Os professores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) vão decidir em
assembleia se aceitam ou não uma das duas propostas feitas pelo governo
do Estado para equiparação salarial entre professores e técnicos do
ensino superior.
Em Maringá, dois sindicatos debatem o assunto:
Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem), que marcou assembleia
para sexta-feira, às 9 horas, no Dacese, com indicativo de greve na
pauta; e o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino
Superior de Maringá (Sinteemar), que marcou assembleia para
quinta-feira, às 8 horas, no auditório da entidade.
O governo
fez duas propostas de readequação salarial: a primeira seria uma
recomposição feita em 5 anos, a partir do próximo mês de julho, com
5,66% por ano até 2016, mais o dissídio de cada categoria, que neste ano
é de 6,5%. A segunda proposta é uma recomposição feita em 4 anos a
partir de outubro, com 7,14% por ano até 2015, mais o dissídio.
"Essas
propostas seriam a equiparação dos salários técnicos de nível superior
com o auxiliar, que é o primeiro nível de ingresso como professor da
universidade. Há uma defasagem de 31,7%. Essa equiparação se daria com
uma dessas duas propostas", disse o reitor da UEM, Júlio Santiago Prates
Júnior, que se reuniu com o governo ontem, em Curitiba.
No ano passado, o governo do Estado havia feito uma proposta de equiparação de 31,7% em 3 anos, mas não cumpriu a promessa.
"O governo disse que fez uma reanálise dos números orçamentários do
Estado e estava no limite. Por esse motivo não deu para efetivar a
proposta. Agora sim, está dentro do orçamento do Estado." Para o
reitor, uma greve seria prejudicial a todos.
"É preciso ter
prudência e paciência e buscar o entendimento, porque com a greve todos
perdem. Neste sentido não é exatamente o que a categoria almejava,
porque antes foi colocado em três vezes. Mas a assembleia decide, eles
são soberanos. Estamos do lado da comunidade", completou Prates Júnior.
A vice-presidente da Sesduem, Marta Belini, criticou a
proposta do governo. "Os professores não aceitaram a proposta do
governo de equiparação salarial. Essas propostas não condizem com a
realidade da equiparação que esperamos", declarou, logo após a
assembleia de ontem, no Dacese. Segundo Marta, os professores esperam
mais agilidade na equiparação, e não os prazos apresentados ontem.
"É uma proposta que já havia sido recusada ano passado (a primeira de 3
anos que o governo não cumpriu). Isso não agradou na época, e agora
menos ainda, porque aumenta uma parcela. Na última parcela, já não
estaremos no governo Beto Richa, não temos segurança jurídica de que
isso será pago mesmo.
Os professores não confiam no governo
Richa", finalizou a professora, reforçando que está previsto o
indicativo de greve na assembleia de sexta-feira.
http://digital.odiario.com/cidades/noticia/555196/proposta-do-governo-desagrada-docentes/