Os servidores técnico-administrativos da Universidade Estadual de Londrina (UEL) deliberaram por paralisações nas universidades estaduais do Paraná e um indicativo de greve para o mês de agosto. As decisões foram tomadas em duas assembleias realizadas nesta segunda-feira (18) no Hospital Universitário (HU) e no campus da UEL.
A categoria está insatisfeita com a demora do governo do Estado em apresentar uma nova proposta do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Técnicos-Administrativos da UEL (Assuel), Marcelo Alves Seabra, as datas das paralisações serão definidas na quinta-feira (21) quando acontece uma nova reunião com o governo do estado em Curitiba.
"Definimos com os demais sindicatos que vamos fazer uma paralisação um dia por semana em cada cidade: Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Guarapuva, Cascavel. E vamos realizar uma paralisação geral na primeira quinzena de agosto, quando retornam as aulas. Estas definições serão comunicadas ao Governo na quinta e também vamos definir as datas das greves", alertou.
Segundo Seabra a proposta feita pelo governo estadual no último dia 15 foi um retrocesso aos servidores e por isso não agradou a categoria. "O governo retirou alguns pontos e a categoria rejeitou a oferta. A proposta foi muito ruim e em virtude disso definimos por este calendário de paralisações", explicou.
Os sindicatos dos servidores da universidades estaduais do Paraná estão em tratativa para criar um novo PCCS desde de junho do ano passado, depois que o Tribunal de Justiça decretou dois artigos do antigo plano inconstitucionais e inviabilizou parte do processo de progressão na carreira.
Sem a aprovação do novo PCCS os servidores ficam impedidos de crescimento e progressão na carreira. A Assuel agrega, aproximadamente, 3,6 mil servidores da UEL.