O pacto da saúde proposto pela presidenta repercutiu mal entre a classe médica. Quatro entidades posicionaram-se contra a “importação” de médicos, em uma carta à população.
No documento, a Associação Médica Brasileira, Associação Nacional de Médicos Residentes, Federação Nacional dos Médicos e o Conselho Federal de Medicina (CFM) manifestam “repúdio e extrema preocupação” com a proposta.“(A medida) expõe a população, sobretudo a parcela mais vulnerável e carente, à ação de pessoas cujos conhecimentos e competências não foram devidamente comprovados. Além disso, tem valor inócuo, paliativo, populista e esconde os reais problemas que afetam o Sistema Único de Saúde (SUS)”, informa trecho da carta.
Para o CFM, o Revalida – exame de validação de diplomas de estrangeiros – não deve sofrer mudanças. “É importante que os critérios sejam mantidos, sem calibragens ou ajustes, conforme sugerido anteriormente por setores do governo.”
Dilma disse também que até 2017 serão criadas 11 mil vagas de graduação e 12 mil de residência médica. O chefe do Departamento de Medicina da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Nelson Uchimura, afirmou ser favorável à medida, desde que haja ampliação de estrutura e contratação de pessoal para o estágio dos formandos. “O governo tem que pensar em planejamento, é questão de gestão”.
http://www.odiario.com/zoom/noticia/754420/medicos-criticam-importacao/