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06/02/2015 às 02:00 - Atualizado em 06/02/2015 às 02:00
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DH elucida homicídio no campus da UEM
- Roberto Silva
Autor do crime foi preso na tarde de ontem, quando tentava fugir da cidade
Ele contou que vítima teria xingado sua mãe e tentado feri-lo com faca
A Delegacia de Homicídios de Maringá (DH) esclareceu na tarde de
ontem a morte da moradora de rua Solange Rodrigues Pesquero, 37 anos,
cujo corpo, em estado de decomposição, foi encontrado na tarde de
terça-feira (3) no interior de um prédio em construção no campus da
Universidade Estadual de Maringá (UEM). O principal suspeito do crime
foi preso quando se preparava para fugir da cidade. Um guardador de
carros que acompanhava o suspeito também foi detido para prestar
depoimento.
De acordo com o delegado-chefe da DH, Diego Elias de
Freitas Rodrigues de Almeida, as investigações que levaram ao
esclarecimento do crime tiveram início logo após a identificação do
corpo, feita por dois presos – ex-namorados da vítima – que aguardam
julgamento no minipresídio da 9ª Subdivisão Policial (SDP) e na Casa de
Custódia de Maringá (CCM). Um dos presos reconheceu a vítima através de
uma fotografia feita pela polícia na cena do crime e descreveu, com
precisão, uma tatuagem que ela tinha na parte inferior das costas. O
outro preso informou que havia visto a reportagem da morte na TV e
afirmou ter reconhecido um cachorro que vagava pelo local do crime que,
segundo ele, pertencia à ex-namorada.
No entanto, segundo o
delegado, a identificação oficial só ocorreu na noite de quarta-feira,
após peritos do Instituto de Identificação do Paraná concluírem o exame
de confrontação das digitais da vítima. Após a identificação, a DH
levantou nomes de algumas pessoas que eram comumente vistas em companhia
da vítima, entre elas, o usuário de crack Paulo Cezar Franchinelli
Canuto, 32 anos, também morador de rua.
Canuto foi encontrado por
volta das 16h40 de ontem, momento em que se preparava para embarcar em
um ônibus com destino a Cianorte em companhia de um amigo, um flanelinha
de 35 anos, que também foi detido e levado para a sede da DH.
Em
interrogatório, Canuto assumiu a autoria do crime sob alegação de que a
vítima, com a qual namorava havia apenas uma semana, o teria humilhado e
tentado atacá-lo com uma faca de cozinha após flagrá-lo fumando crack
sozinho no interior da construção onde o crime ocorreu. "Ela xingou a
minha mãe, acusando-a de ser prostituta. Fiquei muito irritado e bati
com uma pedra na cabeça dela. Depois que vi o crânio dela afundado,
arrastei o corpo, cobri com uma coberta e fugi", disse ele. A DH
informou que outros detalhes do crime serão apresentados na manhã desta
sexta-feira à imprensa.
http://digital.odiario.com/policia/noticia/1271246/suspeito-de-matar-mulher-na-uem-e-preso/