Foi aprovado nesta sexta-feira (6), por unanimidade, o indicativo de greve dos servidores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e do Hospital Universitário (HU). A decisão de paralisar as atividades foi tomada em duas assembleias que reuniram mais de 200 pessoas. Os servidores reivindicam o pagamento do terço de férias e pedem que o Governo do Paraná volte atrás e desista do projeto que corta gratificações e promove mudanças nas aposentadorias.Também foi aprovada uma paralisação de 24 horas, na terça-feira (10), dia em que o projeto do Executivo deve ir à votação na Assembleia Legislativa. Na quarta-feira (11), a partir das 8h, o funcionalismo volta a se reunir para decidir se haverá greve ou não. Segunda-feira (9), uma reunião no HU vai definir quais setores terão as atividades interrompidas por um dia.O presidente do Sinteemar, Celso Aparecido do Nascimento, diz que a possibilidade de paralisação por tempo indeterminado é alta – acima de 90% –, e está na dependência do resultado da votação do projeto na Alep. "Se o pacote for aprovado voltaremos a nos reunir e deflagraremos a greve." A UEM tem 5 mil servidores, entre professores e agentes universitários, distribuídos em sete municípios. O HU tem 1 mil trabalhadores.O pacote de medidas para cortar gastos que o governo do Paraná enviou esta semana à Alep foi o estopim para os servidores decidirem pelo indicativo de greve em Maringá. O Executivo propõe corte nas gratificações por tempo de serviço, como o quinquênio – no qual a cada cinco anos de trabalho o funcionário recebe aumento de 5% no salário –, e modificações no sistema de previdência. Uma delas é a fixação de um teto de R$ 4,6 mil para a aposentadoria regular. Quem quiser receber mais do que isso terá de pagar um fundo complementar.