A redução no número de professores temporários pode comprometer o início do ano letivo da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e resultar no fechamento de cursos superiores. O alerta é do reitor Mauro Luciano Baesso: "O que está em jogo é a existência de uma universidade estadual de qualidade."
De acordo com ofício enviado à UEM, sexta-feira, pelo chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, o governo do Estado autorizou a contratação de 6.289 horas (de jornada semanal) para a contratação de professores temporários. A soma corresponde a 39,7% das 15.840 horas solicitadas pela reitoria. "Este é o número que tivemos no ano passado, não estamos pedindo mais", diz Baesso.
Segundo o reitor, com o corte anunciado pela Comissão de Política Salarial (CPS) do governo, a UEM poderia contar com apenas 220 dos cerca de 400 temporários. "Se mantido esse corte, não será possível iniciar o ano letivo, pois não teremos professores sobretudo nos novos cursos criados para atender a uma demanda da sociedade."
O risco externado por Baesso tem sido apresentado pela reitoria a lideranças dos municípios atendidos pela UEM. Hoje, às 14h, Baesso se reunirá com os prefeitos das cidades onde a instituição tem campus: Maringá, Ivaiporã, Goioerê, Cianorte, Umuarama, Cidade Gaúcha e Diamante do Norte.
Há também contatos de lideranças da UEM com deputados estaduais, na expectativa de que os legisladores ajudem a convencer o governador Beto Richa (PSDB) a voltar atrás na redução de professores.
O governo explica que a CPS definiu em 34 o número de semanas trabalhadas para os temporários, que cumprirão carga horária média de 18 horas. "O número total de horas para contratação de professores temporários será avaliado em conjunto pelas Secretarias da Fazenda, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Administração", diz trecho da nota.
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