Mais de 300 estudantes participaram do protesto; eles entregaram reivindicações ao reitor.Reitor Júlio Prates foi vaiado
Na tarde de ontem cerca de 300 estudantes invadiram a reitoria da Universidade Estadual de Maringá (UEM). A ocupação aconteceu após um protesto e uma assembléia com o reitor da instituição Júlio Santiago Prates Filho, onde reivindicavam melhorias no Restaurante Universitário (RU). Os estudantes levaram colchões e garantiram que permaneceriam acampados na reitoria por tempo indeterminado.
Segundo a assessoria de imprensa da UEM, a porta do Conselho Universitário foi arrombada e os estudantes tomaram o prédio, apesar da segurança reforçada.
A ação foi organizada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e tem o apoio dos Centros Acadêmicos (CA) de vários cursos. “Estamos reivindicando a melhoria e ampliação do Restaurante Universitário e somos contra o corte para a verba estudantil que foi de 38%”, diz Luiz Alexandre, estudante de ciências sociais, integrante do DCE e um dos organizadores do protesto.
Ele ainda conta que procuram conseguir a isenção da taxa do RU para estudantes carentes e uma opção para aqueles alunos que são vegetarianos. “É um recado para o reitor e para o Governo Estadual”, completa.
O protesto teve início com o fechamento de uma das vias da avenida
Colombo. De lá o estudantes se encaminharam para frente da reitoria.
Participaram os alunos do campus de Maringá e também de suas extensões
em Umuarama, Cianorte e Cidade Gaúcha.
A estudante de educação física, Giovana Gazoli Amboni, que participou
do protesto, reclama de algumas atitudes que a reitoria pretende tomar:
“Eles querem que o aluguel pago pelas copiadoras que existem dentro da
universidade sejam repassados para a reitoria e não mais para os
centros acadêmicos”, diz.
Reitor se compromete
O reitor Júlio Santiago Prestes Filho entregou um documento assinado por ele se comprometendo a realizar melhorias no RU. De acordo com a assessoria de imprensa da UEM já foram contratados três novos funcionários e será implantado o cardápio vegetariano duas vezes por semana no restaurante.
Os universitários vaiaram o reitor e reclamam que essas medidas não são suficientes para resolver o problema. Além das melhores na infraestrutura da instituição os universitários também pedem a contratação de mais professores titulares.