Foi aprovado ontem, em segunda discussão, o projeto de lei que proíbe a comercialização e o consumo de bebidas alcoólicas nos arredores da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Basta agora a assinatura do prefeito Silvio Barros para que a norma entre em vigor no próximo vestibular.
Momentos antes de começar a sessão, o presidente da Câmara Municipal, John Alves Correa (PMDB), ouviu comerciantes da região da universidade. Ele concorda que os moradores do bairro sofrem em época de provas. O problema não é o vestibular, é o movimento em torno da UEM, comentou Correa.
Representantes do comércio não aprovaram a medida. Para eles, a proibição vai prejudicar o movimento e interfere no direito do cidadão. Segundo o comerciante Valdemar Gonçalves, foi uma atitude retrógrada dos vereadores. Até parece que o culpado é quem vende, afirmou.
Com o cumprimento da determinação, cerca de 60 estabelecimentos não poderão vender bebidas alcoólicas desde véspera do vestibular até o último dia das provas. Com isso, alguns locais correm o risco de não abrir as portas nesses dias. Para o presidente do Sindicato dos Empregados em Hotéis, Bares e Restaurantes de Maringá, Mario Riquete, a justificativa de que há bagunça e desordem no local não é motivo para punir os comerciantes, já que a segurança pública é dever do estado. Do jeito como foi falado, parece que somos os marginais, disse.
A advogada do sindicato, Luziana Pedroso de Almeida, disse que ficou surpresa desde a sessão em que o projeto foi apresentado, já que a entidade não teria sido comunicada. Para ela, a intenção era impedir o sindicato de se manifestar e tentar alguma medida. A direção da entidade define na próxima que atitude irá tomar.