A lei seca implantada durante o vestibular da Universidade Estadual de Maringá parecia ter resolvido o problema de barulho na região durante o primeiro dia de provas mas a impressão durou pouco. Moradores dos arredores do Estádio Municipal Willie Davids reclamam da bagunça feita pelos estudantes que prestam vestibular. Eles moram duas quadras acima da região onde vigora a proibição de venda e consumo de bebidas alcoólicas. Para não infringir a lei, os jovens preferiram ir beber lá. Incomodados, os vizinhos acionaram a polícia.
Com a chegada da Polícia Militar, por volta das 20h30, os estudantes protestaram. Os policiais retiveram os carros que estavam com som ligado e esperaram a chegada da Polícia Ambiental, que fiscalizou os veículos e aplicou multas para aqueles que estavam com o volume acima do permitido para o horário 60 decibéis . Segundo informações do Comandante do 2° Pelotão Ambiental Força Verde de Maringá, Tenente Fábio José Ribeiro, foram autuados cinco proprietários de veículos por poluição sonora. A multa é de R$ 5 mil e a aparelhagem de som é apreendida, como medida administrativa. Conforme o Tenente Ribeiro, quem foi multado tem até 20 dias para recorrer e responderá judicialmente por crime ambiental. A pena prevista para o crime de poluição sonora é de um a quatro anos de reclusão, explicou.
O clima foi tranqüilo no segundo dia de provas. O presidente da comissão Central do Vestibular Unificado, Doherty Andrade, disse que os estudantes estão mais calmos neste ano. O reflexo está no baixo percentual de faltas nas provas. Nos dois últimos vestibulares o índice de faltas ficou em 12%. Neste, tudo leva a crer que não irá passar de 7%, avaliou.