A greve que deixou mais de 10 mil alunos sem aula na Universidade Estadual de Maringá, nesta terça-feira, não tem prazo para terminar e deve ser ampliada nesta semana. Segundo a Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem), a paralisação deve se estender aos demais campi da universidade. A reivindicação da categoria é pela equiparação dos salários dos professores com o dos técnicos de nível superior das universidades estaduais do Paraná.
Além disso, o sindicato planeja ampliar o manifesto com a adesão de professores de pós-graduação, ensino a distância (EAD) e demais especializações. De acordo com a vice-presidente da Sesduem, Marta Belini, ainda nesta semana membros do sindicado vão visitar os campi da UEM em Goioerê, Umuarama, Cianorte e Cidade Gaúcha.
“A mobilização começa sempre aos poucos. Tivemos 400 pessoas na assembleia. Alguns relatam que vão conversar com outros [professores]”, informou a vice-presidente da Sesduem.
Entenda a situação
A adesão total dos docentes da UEM foi decidida em assembleia realizada em 16 de agosto e confirmada em nova reunião nesta terça-feira (21) no Auditório do Dacese, no campus de Maringá. No início da manhã, alguns alunos foram para a aula, mas foram dispensados pelos professores.
Na segunda-feira (20), o projeto do reajuste salarial foi lido no plenário da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Pela proposta, a equiparação dos vencimentos de professores e técnicos será feita em quatro anos, de outubro de 2012 a 2015, em parcelas de 7,14%.
Para garantir uma aprovação rápida, haverá sessões extraordinárias ao longo do dia, a fim de apreciar a matéria em todas as votações necessárias. Além disso, eventuais emendas ao texto serão analisadas na hora, sem ser preciso o retorno às comissões temáticas.