Dizem que a águia é a ave que vive por mais tempo, em média 60 anos. Carregando a imagem do animal no emblema, o Colégio Estadual Gastão Vidigal, próximo de completar 60 anos, demostra muita vitalidade. Várias atividades culturais, esportivas, pedagógicas e festivas estão sendo realizadas durante o ano letivo para comemorar os 60 anos - que serão completados no dia 2 de dezembro -, e resgatar a história da instituição maringaense.
A partir de hoje, acontece a Semana Cultural do Gastão, cujo tema principal são os 60 anos. A programação contará com gincana recreativa, festa junina e apresentação de diversos trabalhos. "Incentivamos os alunos a pesquisarem sobre o contexto histórico no qual o Gastão se desenvolveu, o que estava acontecendo no mundo, no Brasil e na região desde a década de 50 até os dias atuais. Os professores trabalharam em várias vertentes desde o teatro, música, até literatura", conta a professora Miriam Lopes Pinheiro. O Clube do Carro Antigo de Maringá também estará expondo raridades da indústria automobilística no colégio.
Paralelamente, desde o começo do ano, uma comissão está recolhendo fotos, vídeos, documentos, depoimentos que ajudem a recontar o passado da instituição. A ação faz parte do projeto Museu da Escola, da Secretaria de Educação do Paraná, que visa incentivar as redes de ensino a preservar a memória da educação escolar paranaense.
Quem já foi aluno, professor ou funcionário do colégio ou puder
contribuir com o envio de materiais, deve ligar para o telefone (44)
3223-1117 (ramal 218) ou encaminhar um e-mail para
Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. opção é dar depoimento respondendo
um questionário composto por 25 perguntas.
"Já sabíamos que muitas
pessoas iriam querer participar, até por que todos sentem orgulho em
dizer que estudou aqui. O que está sendo uma surpresa é o envolvimento e
a dedicação de cada um nesta causa", comenta Nelci Facci, historiadora
do Centro Histórico do colégio. Dentre os voluntários, Nelci destaca o
empenho dos ex-alunos Marco Antônio Depra e Putomo Tanoue.
A historiadora ressalta que a internet está sendo uma forte aliada na missão de remontar este quebra-cabeça. Por meio dos comentários da página do grupo "60 anos Col. Est. Gastão Vidigal – Maringá", que até agora conta com 561 membros, é possível trocar informações, saber do paradeiro de colegas e mestres e marcar encontros.
O colégio já conta com uma galeria, no qual estão expostas fotos de antigos diretores, além de troféus, medalhas e certificados conquistados, principalmente, nas feiras de ciências, olimpíadas de matemática e nos esportes. Agora, a comissão está organizando uma outra galeria com fotos de ex-alunos que conseguiram êxito na carreira. É o caso do diretor-presidente do Diário Franklin Silva; Roberto Nagahama, criador da Academia da Terceira Idade, Hélio Takai, físico nuclear que trabalha nos Estados Unidos, e tantos outros ligados à política regional.
O objetivo, segundo Nelci, ao resgatar esses vários períodos da instituição é fazer com que os alunos reflitam sobre a importância da educação. "Se eles compreenderem o quanto a escola foi fundamental na vida dos nossos ex-alunos, vão perceber o valor e o sentido que a educação tem para a própria formação", ressalta.
A história do Gastão Vidigal também está sendo explorada em monografias, teses e dissertações de graduação, mestrado e doutorado da Universidade Estadual de Maringá. Na área de educação e pedagogia, Adriana Pasquini está pesquisando o contexto histórico, político e social no qual o colégio se desenvolveu, e Priscila Maldonado coleta informações sobre os cursos de admissão.
Na área de história, o aluno Thiago Veronezzi resgata o período em que o colégio tinha fanfarra. "Um capítulo da dissertação da mestranda Viviane Berloffa que conta a história do Gastão, provavelmente, virará livro e será publicado no final do ano", adianta Nelci.
http://www.odiario.com/dmais/noticia/755855/lembrancas-de-um-sessentao/