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    01-06-2023
    A revista científica Brazilian Archives of Biology and Technology (BABT), editada pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), registrou um aumento na participação de pesquisadores paranaenses com artigos publicados no periódico. De janeiro a maio de 2023, só o Paraná contribuiu com 20,5% da produção científica divulgada na revista, que tem alcance internacional. Os demais trabalhos são de autores internacionais (48%) e de outros estados do Brasil (32%).

    Dos 88 artigos publicados neste período, 18 contam com autores de universidades estaduais e federais do Paraná, além de um trabalho desenvolvido pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), em parceria com o Tecpar. O número equivale ao total de artigos com autores paranaenses durante todo o ano de 2022.

    A maioria dos artigos publicados em 2023 é do segmento de biologia e ciências aplicadas (22). Em segundo lugar, com 17 publicações cada, aparecem os trabalhos sobre saúde humana e animal; agricultura, agronegócio e biotecnologia; e engenharia e tecnologias. Também foram publicados nove artigos sobre tecnologia dos alimentos e seis da área de ciências ambientais.

    O periódico BABT iniciou suas atividades em 1946 e desde então divulga artigos originais de pesquisa e revisões, contribuindo para o avanço da ciência, tecnologia e inovação. Desde 2001, a revista está disponível em formato eletrônico na SciELO, biblioteca digital de artigos científicos com acesso aberto. Em 2022, para celebrar o marco de 75 anos do BABT, o Tecpar lançou a edição impressa comemorativa com artigos de pesquisadores paranaenses. A publicação contém 32 trabalhos escritos por 174 autores de 30 instituições do Paraná.

    De acordo com o diretor-presidente do Tecpar, Celso Kloss, a revista representa, de forma consistente, a contribuição do Tecpar para o fortalecimento e crescimento da produção científica no Paraná e no Brasil. "A revista vem consolidando sua posição como uma forte ferramenta para que os pesquisadores paranaenses publiquem suas pesquisas, em um instrumento ágil e reconhecido no contexto da produção do conhecimento científico", salientou.

    A gerente do Centro de Informações Tecnológicas do Tecpar, Lívia Nogueira dos Santos, destaca que a credibilidade do periódico BABT tem crescido graças ao esforço da equipe editorial em implantar melhorias – da seleção à publicação de artigos de alto nível. Segundo ela, além de ser referência na produção do conhecimento científico, o instituto busca incentivar e valorizar o trabalho dos pesquisadores paranaenses.

    “Temos observado que a qualidade dos trabalhos publicados na revista tem crescido a cada ano, fazendo com que os artigos sejam cada vez mais citados. Esse reconhecimento nacional e internacional faz com que os pesquisadores locais também se interessem em divulgar seus trabalhos nesta publicação que é 100% paranaense”, ressalta.

    AUTORES PARANAENSES – Um dos artigos publicados recentemente no BABT contou com a participação de quatro pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM). O trabalho foi desenvolvido pelos professores Sérgio Paulo Severo de Souza Diniz, Ione Parra Barbosa-Tessmann, Fausto Fernandes de Castro e José Roberto Dias Pereira, com a participação dos pesquisadores Roberto Messias Bezerra, da Universidade Federal do Amapá, e Isamu Kanzaki, da Universidade de Brasília.

    A professora Ione, que é Ph.D. em Bioquímica e Biologia Molecular, explica que os pesquisadores isolaram um fungo chamado Penicillium citreosulfuratum, presente em partes metálicas corroídas de peças da Usina Hidrelétrica Coaracy Nunes (AP). Este fungo, que cresce na presença de uma grande quantidade de alumínio, foi identificado por meio de técnicas de biologia molecular.

    Em seguida, os pesquisadores realizaram testes com óleos essenciais de tomilho, orégano, melaleuca e menta, para saber como o fungo poderia ser controlado.

    “Nós vimos que alguns óleos atuavam bem no controle do crescimento desse fungo. Você pode trabalhar com óleos essenciais nas partes metálicas de hidroelétricas, prevenindo o crescimento desse fungo, o que poderia prevenir a biocorrosão. Além disso, como esse fungo sobrevive em uma grande quantidade de alumínio, é possível que ele capte este metal do meio e possa ser usado como um bioremediador em locais muito contaminados com alumínio, por exemplo”, explica Ione.

    Em conclusão, os resultados mostram que o fungo pode formar um biofilme em fios de alumínio, cresce na presença de altas concentrações de alumínio e zinco e os óleos essenciais de tomilho e orégano podem controlar bem o seu crescimento. A pesquisa foi publicada na edição mais recente do BABT, que pode ser acessada AQUI.

    “Tive interesse em publicar no BABT porque é uma revista que cresceu bastante nos últimos anos e está com fator de impacto bom. Eu fiquei muito feliz porque vi uma melhora no nível da revista como um todo. É uma revista paranaense de impacto, que é muito bem cuidada pelos editores”, afirma a pesquisadora.

    OUTROS PAÍSES – Ao mesmo tempo em que amplia a visibilidade dos autores paranaenses, o BABT tem avançado na internacionalização: quase a metade das publicações científicas de 2023 foram enviadas por autores internacionais, um total de 43 artigos.

    No Brasil, o BABT é apoiado por importantes instituições ligadas à produção científica, como o CNPq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico; a Capes, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior; o Programa de Apoio a Publicações Científicas do Ministério da Ciência e Tecnologia; Ministério da Educação; a Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná; e a Fundação Araucária.

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    13-06-2023
    Começou nesta terça-feira (13) e segue até quinta-feira (15) o Encontro Estadual do Programa Paraná Mais Orgânico (PMO). Organizado pelo Governo do Estado, o objetivo do programa é debater temas relacionados à produção orgânica e promover parcerias estratégicas na agroecologia voltadas ao desenvolvimento regional sustentável.

    Durante a solenidade de abertura do evento, na sede do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), em Curitiba, com mais de cem participantes, foi assinado o desembolso de aporte financeiro de R$ 7,9 milhões para ampliação da rede de núcleos de certificação orgânica e continuidade das atividades do PMO pelos próximos anos. Os recursos são do Fundo Paraná de fomento científico e tecnológico.

    “É necessário ampliar o processo de certificação de novos produtores e de acompanhamento dos agricultores. Isso exige uma equipe qualificada para anteder a produção orgânica paranaense”, afirma o secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona.

    O PMO iniciou as atividades em 2009 com o intuito de auxiliar agricultores familiares no processo de conversão de lavouras tradicionais para o modelo orgânico e viabilizar as certificações das propriedades rurais. “O programa é apresentado aos produtores e em seguida começa o processo de capacitação do agricultor de acordo com as normas da produção orgânica. É necessária certificação e acompanhamento dos produtores”, explica o coordenador estadual do PMO, professor Ednaldo Michellon, da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

    A partir das atividades desenvolvidas no programa, o Paraná vem ampliando a quantidade de plantações livres de agrotóxicos, sementes transgênicas e outras substâncias tóxicas e sintéticas. Atualmente, são 3.803 produtores paranaenses com certificados de conformidade orgânica, segundo o Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos (CNPO) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Esse número destaca o Paraná como o estado com mais propriedades certificadas do Brasil.

    Desde que o programa foi criado, diversas parcerias foram importantes para os resultados obtidos atualmente. “O programa representa uma mudança de cultura e um trabalho coletivo que tem sido feito. É um reflexo do esforço e do compromisso do estado do Paraná com a qualidade de vida da população”, disse o presidente do Tecpar, Celso Kloss.

    NÚCLEOS – O Paraná tem nove núcleos de certificação orgânica: em Bandeirantes (Uenp) e Londrina (UEL), na região Norte; em Guarapuava (Unicentro), no Centro-Sul; em Marechal Cândido Rondon (Unioeste), na região Oeste; em Maringá (UEM), no Noroeste; em Paranaguá (Unespar), no Litoral; e em Ponta Grossa (UEPG), na região dos Campos Gerais. O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) mantém núcleos de certificação em Curitiba, na Região Metropolitana, e em Ivaiporã, no Vale do Ivaí.

    Parte do montante liberado neste ano será aplicada em dois novos núcleos de Certificação Orgânica, um em Francisco Beltrão, ligado à Unioeste, e o outro em Umuarama, vinculado à UEM.

    PRESENÇAS – Entre várias autoridades, a solenidade de abertura do evento contou com a presença do secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara; do procurador de Justiça do Ministério Público do Paraná, João Henrique Vilela da Silveira; do presidente do IDR Paraná, Natalino Souza; da coordenadora estadual do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar no Paraná, Leila Aubrift Klenk; da diretora de Inovação para a Produção Familiar e Transição Agroecológica do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Vívian Libório de Almeida; da coordenadora de Agroecologia e Produção Orgânica do Ministério da Agricultura e Pecuária, Virgínia Lira; e do superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento no Paraná (Conab-PR), Valmor Luiz Bordin.

    Também estavam presentes o coordenador da Rede Ecovida de Agroecologia no Paraná, Gabriel Guirado; a chefe de Gabinete da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Paula Grechinski; o coordenador do Fundo Paraná, Luiz Cézar Kawano; o vice-reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Ivo Mottin Demiate; além de uma comitiva com representantes de instituições do Governo da Bahia, ligados ao desenvolvimento agrário.

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    17-05-2023
    O Governo do Estado publicou a lista com cem propostas de extensão universitária classificadas no programa Universidade Sem Fronteira (USF) 2023/2024. São 84 projetos das sete universidades estaduais e 16 de outras instituições públicas e privadas. Nesta edição, serão aplicados R$ 10,2 milhões em ações das áreas de saúde, educação, agroecologia, inclusão social, inovação e diversidade cultural. Ao todo, foram avaliadas 180 propostas.

    Os recursos são oriundos do Fundo Paraná de fomento científico e tecnológico, dotação administrada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). O montante será destinado, integralmente, ao custeio de bolsas de estudos para professores, estudantes de graduação, alunos de iniciação à pesquisa e extensão e profissionais recém-formados.

    O USF é reconhecido como política pública de Estado, amparado pela Lei nº 16.643/2010, com foco na disseminação de conhecimento por meio de projetos de extensão que priorizam o desenvolvimento de comunidades em situação de vulnerabilidade social.

    As ações são executadas, predominantemente, em cidades com baixo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e em periferias de grandes centros urbanos. As propostas classificadas em 2023 devem beneficiar 166 municípios de todas as regiões do Paraná.

    Segundo o coordenador do Fundo Paraná, Luiz Cézar Kawano, as atividades de extensão, associadas à pesquisa e ao ensino, fortalecem a função social das instituições de ensino superior. “A mudança social é uma premissa da extensão universitária, de forma que o governo tem buscado promover, cada vez mais, a produção científica e tecnológica voltada para a melhoria da qualidade de vida da população paranaense, fazendo cumprir a função social e aproximando as universidades das comunidades nos entornos dos câmpus”, afirma.

    Os proponentes terão até 12 de junho para realizar eventuais ajustes nos projetos classificados e respectivos planos de trabalho. Os termos jurídicos firmados entre a Seti e as instituições contempladas terão vigência de 16 meses, com previsão de um ano para a execução das atividades de extensão.

    SELEÇÃO – Nesta edição do USF, as universidades estaduais de Londrina (UEL) e Maringá (UEM) tiveram 13 projetos classificados cada. As universidades estaduais do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro), do Norte do Paraná (UENP) e do Paraná (Unespar) contam com 12 propostas selecionadas (cada). A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) teve 10 ações classificadas para receber o apoio do programa.

    Entre as demais instituições, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve cinco propostas classificadas. O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) e a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) somam três projetos selecionados cada.

    A Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), o Instituto Federal do Paraná (IFPR) e o Instituto Integrado de Ciência e Tecnologia (IN2) tiveram um projeto habilitado para o apoio do USF. Já o Instituto Cesumar de Ciência, Tecnologia e Inovação (Iceti) conta com duas propostas classificadas.

    POLÍTICA – Em 2022, foi lançada a Política de Extensão Universitária para as instituições estaduais de ensino superior do Paraná, com foco na transformação social e no desenvolvimento regional sustentável. A normativa orienta as diferentes ações extensionistas e possibilita a atuação estratégica e multidisciplinar das sete universidades estaduais, inseridas nos cenários regional, nacional e internacional.

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    08-05-2023
    O Governo do Estado realizou no domingo (7) e nesta segunda-feira (8) o Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná em Curitiba, Cornélio Procópio, Londrina, Mangueirinha, Manoel Ribas, Nova Laranjeiras e Santa Helena. Ao todo, 363 indígenas concorrem a 42 vagas nas universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro), do Norte do Paraná (UENP), do Paraná (Unespar); e 10 vagas na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

    Nesta edição, a Unicentro organizou o processo seletivo. No primeiro dia os candidatos realizaram uma prova oral de Língua Portuguesa. No segundo dia os estudantes responderam questões de uma prova objetiva de Português (interpretação de texto), Matemática, Biologia, Física, Química, História, Geografia e Línguas Estrangeiras e Indígenas (Inglês, Espanhol, Guarani ou Caingangue), e uma redação.

    O resultado final será divulgado no dia 31 de maio. Já o boletim de desempenho dos concorrentes ficará disponível ate 30 de novembro.

    ACESSO AO ENSINO SUPERIOR – Entre 2011 e 2021, o Brasil registrou um aumento de 374% no número de indígenas matriculados no ensino superior. Em 2010 eram 9.764 indígenas matriculados e em 2021 esse quantitativo passou para 46 mil estudantes em universidades, centros universitários e faculdades, quantidade que representa 0,5% do total de alunos no ensino superior.

    Esses números foram divulgados em levantamento do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior de São Paulo (Semesp), com base em dados do Censo Demográfico 2010 e do balanço do Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); e do Censo da Educação Superior, organizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

    O Paraná registrou no ano passado 291 estudantes indígenas matriculados nas sete universidades estaduais e na UFPR, por meio do Vestibular dos Povos Indígenas. Outros 195 já se formaram, sendo 92 nos últimos quatro anos.

    POLÍTICA PÚBLICA – Criado em 2001, o Vestibular dos Povos Indígenas é uma política pública do Estado do Paraná. A iniciativa é coordenada pela Comissão Interinstitucional para Acompanhamento dos Estudantes Indígenas (Cuia), com representação das universidades públicas paranaenses e das lideranças indígenas de diferentes grupos étnicos.

    De acordo com dados da Cuia, o Paraná soma, aproximadamente, 13.300 indígenas, sendo que 70% pertence ao povo caingangue. Em todo o território estadual há 23 terras indígenas demarcadas pelo Governo Federal: Apucarana, Avá-Guarani do Ocoí, Barão de Antonina, Boa Vista, Cerco Grande, Faxinal, Herarekã Xetá, Ilha da Cotinga, Ivaí, Laranjinha, Mangueirinha, Marrecas, Palmas (divisa com Santa Catarina), Pinhalzinho, Queimadas, Rio Areia, Rio das Cobras, Sambaqui, São Jerônimo, Tekohá Añetete, Tekoha Itamarã, Tibagy/Mococa e Yvyporã Laranjinha.

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    06-04-2023
    Contribuir para uma economia baseada no conhecimento e fomentar a produção da pesquisa científica e tecnológica paranaense. Essas são as premissas da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti). O intuito é fortalecer e ampliar a vocação das universidades estaduais, com foco no desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e social.

    A pasta reúne sete instituições de ensino superior com campus e unidades acadêmicas em mais de 30 cidades de diferentes regiões, o que assegura posição de destaque ao Paraná, como o Estado que mais investe, proporcionalmente, em educação superior no Brasil. No planejamento integrado para o período de 2023 a 2026, as ações de ciência, tecnologia e ensino superior estão relacionadas, principalmente, ao desenvolvimento econômico sustentável.

    Em conjunto com outras secretarias e órgãos do Estado, a Seti apoia o empreendedorismo e a competitividade empresarial, assim como projetos de pesquisa e desenvolvimento e de economia digital. O planejamento estratégico da gestão, que está em andamento, é baseado em ações propostas no plano de governo para a área da ciência e tecnologia. Um dos principais compromissos é incentivar iniciativas locais e regionais de desenvolvimento socioeconômico, a partir de uma articulação estratégica e colaborativa, com a participação de agentes públicos e privados. A expectativa é finalizar o planejamento neste mês de abril.

    Essa ação vai ao encontro do Programa de Estímulo às Ações de Integração Universidade, Empresa, Governo e Sociedade, denominado Agências de Desenvolvimento Regional Sustentável e Inovação (Ageuni). Implantadas nas universidades estaduais, as unidades da Ageuni apoiam iniciativas locais e regionais focadas em projetos de negócios orientados para o desenvolvimento sustentável.

    POLÍTICAS PÚBLICAS – O secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, afirma que a gestão iniciada em 2023 será pautada no fortalecimento de políticas públicas para proporcionar um ecossistema acadêmico dinâmico, sem perder de vista a geração de conhecimento e as atividades de pesquisa.

    “Estamos propondo um programa articulado para indução das instituições de Ciência e Tecnologia pelo financiamento, ou seja, uma estratégia de aporte de recursos para o desenvolvimento de projetos e programas que priorizem a articulação da academia com o setor produtivo empresarial, na perspectiva de produzir pesquisas que resultem em produtos e serviços para atender as demandas das diferentes regiões, onde as instituições estão inseridas”, explica.

    A ideia é atuar como facilitadores para a alocação eficiente de recursos públicos a fim de estimular a cultura empreendedora nas universidades e a geração e disseminação de conhecimentos para a formação de profissionais cada vez mais qualificados. “Serão disponibilizados editais de fomento e financiamento, considerando a alocação de recursos mais vultosos para investimentos e para o apoio a projetos de ensino, pesquisa e extensão”, afirma o secretário.

    A Seti também prevê mecanismos de apoio para que as universidades estaduais ampliem as políticas de democratização de acesso e de permanência estudantil, tornando as instituições cada vez mais inclusivas. “Queremos pensar um programa que articule a assistência estudantil com as atividades de ensino, extensão e pesquisa, a fim de reduzir a evasão universitária, bem como preencher todas as vagas ofertadas pelas instituições de ensino superior”, explica o secretário Aldo.

    ESTRUTURA – O professor Michel Jorge Samaha, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), atua como diretor-geral da Seti. Ainda no nível hierárquico de gerência, a estrutura organizacional da pasta contempla duas diretorias de áreas: Gestão Estratégica e Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, lideradas pelos professores Jamil Abdanur Junior e Osmar Ambrósio de Souza, ambos da Unicentro.

    No nível de execução programática, a Diretoria de Gestão Estratégica conta com os coordenadores Lucas de Oliveira Araújo (Gestão) e Ricardo Henrique Abrahams (Integração Institucional). Já na Diretoria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior atuam os coordenadores Marcos Aurélio Pelegrina (Ciência e Tecnologia) e Fabiano Gonçalves Costa (Ensino Superior, Pesquisa e Extensão).

    O Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior é composto pelas universidades estaduais de Londrina (UEL), de Maringá (UEM), de Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro), do Norte do Paraná (UENP) e do Paraná (Unespar).

    A Seti também é responsável, no âmbito estadual, pela transferência de conhecimento e pelo incentivo de patentes e outros dispositivos de registro e proteção à propriedade intelectual, além do fomento científico e tecnológico, por meio da Fundação Araucária (FA), e do Sistema Estadual de Parques Tecnológicos do Paraná (Separtec).

    HISTÓRIA – O Guia de Fundos do Arquivo Público do Paraná, publicado em 2002 e atualizado em 2020, aponta que na década de 1980 as atividades relacionadas à ciência e tecnologia eram coordenadas pela então Secretaria de Estado da Indústria e do Comércio (Seic). Já as instituições estaduais de ensino superior estavam vinculadas à Secretaria da Educação, mais precisamente no extinto Departamento de Assuntos Universitários (DAU).

    A expansão e o acesso à educação superior no período de redemocratização do Brasil contribuíram para uma atualização estratégica no planejamento e na gestão governamental. Em 1992, pela Lei nº 9.896, a Seic foi transformada em Secretaria de Estado da Indústria e do Comércio, Ensino Superior, Ciência e Tecnologia (Seti). A pasta concentrou, entre várias atribuições, a política estadual de ensino superior e o apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico paranaense.

    Em 1995, pela Lei nº 11.066, as áreas da Indústria e do Comércio foram desmembradas da secretaria, que passou a responder exclusivamente pelo sistema estadual de ciência, tecnologia e ensino superior do Paraná. No ano de 2019, a Seti passou ao status de superintendência, ligada à Governadoria. Desde então, um trabalho intenso e acentuado pela modernização das relações entre estado, academia, sociedade e setor produtivo empresarial propiciou o retorno da secretaria, neste segundo mandato do governador Ratinho Júnior.

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