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    16-01-2023
    Há mais de duas décadas o Paraná implementou uma política pública de incentivo à educação superior para estudantes oriundos de etnias, comunidades e territórios indígenas localizados em todo o Estado. Anualmente, de forma gratuita, são ofertadas 52 vagas para diferentes cursos regulares de graduação, por meio de um processo seletivo exclusivo, denominado Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná. Eles são no formato presencial e na modalidade educação a distância (EaD), em nível de bacharelado, licenciatura e tecnológico.

    São 42 vagas distribuídas entre as universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro), do Norte do Paraná (UENP) e do Paraná (Unespar); e dez vagas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). A cada edição, os processos seletivos são organizados em um sistema de rodízio pelas instituições de ensino, que atuam em parceria.

    Atualmente, 291 estudantes indígenas são universitários e 195 já se formaram, sendo 92 nos últimos quatro anos. O Brasil registrou um aumento de 695% no número de indígenas matriculados no ensino superior entre 2010 e 2018, último ano em que os dados foram divulgados no Censo da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Eram 7.256 indígenas matriculados e esse quantitativo passou para 57.706, o que representa 0,68% do total de estudantes em universidades, centros universitários e faculdades.

    No Paraná vivem cerca de 13.300 indígenas e aproximadamente 70% pertence ao povo caingangue, o que reforça a importância e perenidade do projeto. O Estado tem 23 terras indígenas demarcadas pelo governo federal: Apucarana, Avá-Guarani do Ocoí, Barão de Antonina, Boa Vista, Cerco Grande, Faxinal, Herarekã Xetá, Ilha da Cotinga, Ivaí, Laranjinha, Mangueirinha, Marrecas, Palmas (divisa com SC), Pinhalzinho, Queimadas, Rio Areia, Rio das Cobras, Sambaqui, São Jerônimo, Tekohá Añetete, Tekoha Itamarã, Tibagy/Mococa e Yvyporã Laranjinha.

    Esta reportagem da série “Paraná, o Brasil que dá certo” mostra como o acesso à universidade tem transformado a realidade de estudantes oriundos de comunidades indígenas.

    Ronaldo Alves da Silva, com o nome indígena Awa Djerokydju, que significa dançarino sagrado, tem 33 anos, pertence à etnia Guarani e é da Terra Indígena Pinhalzinho, no Norte Pioneiro, onde vivem cerca de 160 indígenas. Na escola ele já percebeu a necessidade da presença de professores indígenas que trabalhassem com a cultura local. E esse cenário foi o que motivou Ronaldo a buscar uma formação de ensino superior para contribuir com a comunidade.

    “Eu optei por um curso que me formasse para voltar à minha comunidade e trabalhar nas escolas com as crianças indígenas, por isso escolhi ser professor”, explica. Em 2009 ele ingressou na Universidade Estadual de Maringá (UEM) para cursar Educação Física. No início teve dificuldade em se adaptar na cidade e também sentia falta da família. Com o apoio da Cuia (Comissão Universidade para os Povos Indígenas), em 2013 pediu transferência para o curso de Pedagogia, no qual se formou em 2018.

    Há cinco anos ele é professor na Escola Estadual Indígena Yvy Porã, no município de Tomazina, também no Norte Pioneiro, e atua no ensino fundamental. O seu principal objetivo é valorizar a cultura ancestral e a origem dos povos indígenas. “Procuramos formar as crianças mostrando para elas as raízes, fortalecendo a identidade cultural e mostrando o quanto a nossa cultura é importante”, afirma.

    Após o curso de Pedagogia, Ronaldo ainda fez uma Especialização em Gestão Escolar Indígena, também na UEM, e incentivou a esposa Adriane da Silva a cursar Pedagogia. Desde o ano passado ela trabalha na mesma escola que ele.

    Além da área da educação, profissionais da área da saúde têm um papel importante nas terras indígenas, o que ficou muito evidente para todos os brasileiros durante a pandemia de Covid-19. Por isso, Silvana Matias, da etnia Guarani Nhandewa, decidiu entrar na universidade. Seu nome indígena é Kunhã Poty Porã, que significa flor bonita. Ela tem 48 anos e mora na Terra Indígena Laranjinha, localizada no município de Santa Amélia, no Norte Pioneiro. A comunidade existe há 104 anos e, atualmente, reúne 238 moradores de 78 famílias indígenas.

    Ela começou o curso de Medicina na UEM em 2005, mas a distância da família e dos filhos e a mudança de cidade fizeram com que Silvana voltasse à comunidade. No ano seguinte, pediu transferência para o curso de Enfermagem e retornou, dessa vez com a família, para Maringá. Durante o percurso, Silvana trabalhou como agente indígena de Saúde e depois como técnica em Enfermagem, área que tem formação na comunidade. No dia a dia percebe a necessidade de aumentar o número de profissionais da área da saúde para atuar na aldeia.

    Depois de concluir efetivamente o curso, ela voltou a trabalhar na Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI), onde coordena uma equipe multidisciplinar com 14 pessoas, todos indígenas. Na UBSI também atuam uma médica e uma dentista, formadas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). As duas profissionais também ingressaram no ensino superior pelo Vestibular dos Povos Indígenas.

    A relação com a comunidade da qual faz parte é muito importante. “Acompanhamos o pré-natal, vemos a criança nascer, desenvolver e crescer com a nossa ajuda. Você vê o idoso confiar na sua palavra, chamar você pra contar algo que aconteceu com ele, é especial”, diz Silvana.

    Além da importância da atividade que desenvolve na aldeia, ela destaca o reconhecimento que recebe dos demais membros da aldeia. “Você volta para a comunidade diferente, sendo um exemplo a ser seguido, é muito gratificante. Quando você faz uma palestra e chama o pessoal, eles te veem como uma referência, e isso é muito gratificante”, completa.

    O contato com indígenas que saíram da aldeia para estudar e que voltam para contribuir com a comunidade é um incentivo para outros indígenas a buscar a educação superior, seja para atuar na própria terra indígena ou fora dela. Silvana é exemplo para os dois filhos: Isabelly Nathuane Matias Claudino, que estudou Enfermagem na UEM e agora faz Residência Técnica em Gestão da Segurança Pública, em Maringá, e Mateus Henrique Matias Claudino, que desde 2021 cursa Medicina na UEPG.

    ACOMPANHAMENTO – A Comissão Universidade para os Povos Indígenas (Cuia) é outra conquista das universidades paranaenses. Ela foi criada para acompanhar pedagogicamente os alunos indígenas, promover o acesso, permanência e a conclusão dos cursos de graduação. A comissão é vinculada à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná e tem representantes da pasta e das universidades envolvidas.

    A educação dos povos originários envolve adaptações curriculares e pedagógicas para inclusão dessa parcela da população nos modelos educacionais. A Cuia, além de ser responsável pela organização do vestibular, também analisa e propõe ações relacionadas ao investimento para a permanência dos estudantes indígenas na universidade.

    Depois de matriculados, os universitários indígenas recebem o auxílio instalação no valor de R$ 1.125,00 e o auxílio permanência, durante o período que estiverem na universidade, no valor de R$ 1.125,00, com acréscimo de 50% do valor para os que possuem filhos, totalizando R$ 1.687,50. As bolsas pagas pelo Governo do Estado foram reajustadas em 25% no ano passado, e o auxílio pago pelo governo federal segue com o valor de R$ 900.

    Entre 2019 e 2021, o governo do Paraná destinou R$ 8,5 milhões para o custeio desses benefícios acadêmicos, com impacto significativo na redução da evasão universitária e, consequentemente, na diplomação desse público.

    O secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, destaca o pioneirismo do Estado nas políticas de ação afirmativa para a população indígena. “Outras universidades também oferecem ações específicas para estudantes indígenas, mas só no Paraná existe um programa estadual estruturado e organizado para o acesso dessa população ao ensino superior. Temos diversos estudantes indígenas formados em diferentes áreas e isso demonstra a atenção que o estado dedica aos povos originários”, afirma.

    Além do Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná, as instituições de ensino superior também oferecem possibilidades para o ingresso de indígenas pelo sistema de cotas sociais nos vestibulares convencionais.

    A coordenadora da Cuia, professora Dulcinéia Galliano Pizza, explica a importância do acesso ao ensino superior para estudantes indígenas. “As políticas de acesso e permanência de estudantes indígenas ao ensino superior é de extrema relevância, tendo em vista as diferenças culturais, na qualificação da educação e das oportunidades entre os indígenas e não indígenas”, reforça a docente, que é vinculada à Unespar.

    A ação afirmativa paranaense assegura o direito dos povos originários à educação, conforme determina a Constituição Federal de 1988 e a Lei Estadual nº 14.453/2004, com amparo também nas leis nº 13.134/2001 e nº 14.995/2006. Além desses instrumentos normativos, resolução e portaria da Seti estabelecem a Cuia.

    VESTIBULAR 2023 – Neste ano, as inscrições para o 22º Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná seguem abertas até 13 de fevereiro. Os candidatos devem apresentar documento comprobatório da origem indígena e comprovar a conclusão do Ensino Médio. Segundo o Manual do Candidato , as instituições disponibilizaram 551 opções de cursos de graduação em diferentes câmpus localizados em Curitiba e em 32 municípios do interior paranaense, nos turnos da manhã, tarde e noite.

    As provas serão aplicadas nos dias 7 e 8 de maio, na Capital e em territórios indígenas de seis cidades: Cornélio Procópio, Mangueirinha, Manoel Ribas, Nova Laranjeiras, Santa Helena e Tamarana. No primeiro dia será uma prova oral de Língua Portuguesa e no segundo dia uma prova objetiva, com questões de Português (interpretação de texto), Matemática, Biologia, Física, Química, História, Geografia e Línguas Estrangeiras e Indígenas (Inglês, Espanhol, Guarani ou Caingangue), além da redação.

    OUTRO EXEMPLO – Outra conquista para entrar para a história dos povos indígenas do Paraná aconteceu no final do ano passado. 22 estudantes das etnias caiagangue, guarani, guarani mbya e xetá colaram grau na primeira formatura do curso de Pedagogia Indígena da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). A diplomação foi, também, a primeira de um curso de graduação desenvolvido em uma terra demarcada na história do Estado. Ela foi realizada na comunidade de Rio das Cobras, no interior de Nova Laranjeiras (Centro-Sul do Estado).

    A formatura é resultado de um extenso trabalho. Em 2022, após quatro anos de análises, o curso de Pedagogia Indígena passou pelo processo de reconhecimento do Governo do Estado. Ele recebeu nota 4,7, sendo a máxima 5, levando em conta os seguintes critérios: metodologia pedagógica, corpo docente e estrutura. A avaliação também recomendou que a universidade trabalhe para que o curso, criado para atender um ciclo, se torne permanente.

    SÉRIE – “Paraná, o Brasil que dá certo” é uma série de reportagens da Agência Estadual de Notícias. São apresentadas iniciativas da administração pública estadual que são referência para o Brasil em suas áreas. Confira AQUI as reportagens já publicadas da série.

    Confira a quantidade de cursos ofertados por universidade e as cidades:

    UEL – 65 cursos (Londrina)

    UEM – 86 cursos (Maringá, Cianorte, Cidade Gaúcha, Goioerê, Ivaiporã e Umuarama)

    UEPG – 75 cursos (Ponta Grossa e Telêmaco Borba)

    Unioeste – 65 cursos (Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Marechal Cândido Rondon e Toledo)

    Unicentro – 58 cursos (Guarapuava, Chopinzinho, Coronel Vivida, Irati, Pitanga e Prudentópolis)

    UENP – 29 cursos (Jacarezinho, Bandeirantes e Cornélio Procópio)

    Unespar – 78 cursos (Curitiba, Apucarana, Campo Mourão, Paranaguá, Paranavaí e União da Vitória)

    UFPR – 95 cursos (Curitiba, Jandaia do Sul, Matinhos, Palotina, Pontal do Paraná e Toledo)

    Serviço do Vestibular 2023:

    Inscrições: até 13 de fevereiro – AQUI

    Homologação de inscrições: 15 de fevereiro

    Ensalamento: 24 de abril

    Aplicação de provas: 7 e 8 de maio

    Divulgação de gabarito: 9 de maio

    Divulgação de aprovados: 31 de maio

    Confira o vídeo:
    https://www.youtube.com/watch?v=o_6zejpdFeA

    ageuni-balanco20221
    02-01-2023
    O Governo do Estado implementou várias ações para estimular a inovação e a cultura empreendedora nas universidades estaduais. Entre as iniciativas está o Programa de Estímulo às Ações de Integração Universidade, Empresa, Governo e Sociedade, denominado Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável e de Inovação (Ageuni). O objetivo é apoiar ideias de negócios e agregar tecnologia aos processos de produção de bens e serviços para aumentar a competitividade empresarial.

    Idealizada pela então Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), a Ageuni está instalada em cada uma das sete instituições estaduais de ensino superior, com atendimento aos empreendedores nos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs). A operacionalização do programa conta com a parceria da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

    Desde 2021, o programa recebeu aporte de R$ 11,28 milhões. Desse montante, R$ 6,2 milhões foram aplicados nas primeiras atividades das unidades da Ageuni, com custeio de bolsas para professores, estudantes e profissionais formados; investimento na aquisição de equipamentos e mobiliários e na reforma e adequação de espaços físicos nos campus universitários.

    Para o gestor da área, Aldo Nelson Bona, um estado forte e desenvolvido reflete uma economia dinâmica e competitiva, fundamentada na informação e no conhecimento. “O investimento em pesquisa e desenvolvimento proporciona grandes benefícios socioeconômicos. Por isso, a ideia é conciliar o conhecimento científico e tecnológico gerado nas universidades com o processo de desenvolvimento econômico e social e de geração de emprego e renda, estabelecendo uma economia baseada no conhecimento”, afirma.

    A Ageuni contempla um sistema de governança com atuação de diferentes atores para identificar as vocações regionais. A governança estadual já está implantada e conta com parceiros institucionais do segmento produtivo, de diferentes setores econômicos (industrial, rural, comércio e serviços).

    A implantação das unidades envolve três fases: criação, estruturação e consolidação. Atualmente na terceira etapa, uma vez que já foi implantado o sistema de governança estadual, as agências seguem com o processo de implementação das governanças regionais, que entre outras atribuições devem sinalizar as demandas locais.

    QUALIFICAÇÃO E OBRAS – Vinculados à Ageuni, dois outros programas reforçam o desenvolvimento regional. O Paraná Empreende Mais (PEM) consiste na oferta de um curso online e gratuito de capacitação gerencial e mercadológica para empreendedores individuais e micro, pequenos e médios empresários. Até dezembro deste ano, a formação alcançou a marca de 3.474 inscritos, oriundos de mais de 300 municípios paranaenses. Além dos empreendedores, a iniciativa também qualificou cidadãos que pretendem abrir novos negócios.

    Outra iniciativa é o Escritório de Projetos de Engenharia (Projetek), que tem como finalidade auxiliar obras públicas de pequenos municípios com até 30 mil habitantes. A ação recebeu recursos da ordem de R$ 2,44 milhões para investimentos (infraestrutura predial, mobiliários, equipamentos e softwares) e custeio de bolsas-auxílio. Os espaços acadêmicos estão equipados com tecnologia na área da construção civil para elaborar projetos arquitetônicos de empreendimentos públicos, como creches, escolas, postos de saúde, entre outras edificações.

    A coordenadora do Projtek da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), professora Patrícia Kruger, que também atua no Departamento de Engenharia Civil, reforça os aspectos sociais e de sustentabilidade dessa iniciativa. “Esses escritórios modelos são uma ação de cunho social e sustentável para atender as demandas de prefeituras de pequeno porte. Serão elaborados projetos de edificações públicas, de acordo com as necessidades dos municípios, utilizando a tecnologia com foco na qualidade e na minimização de problemas”, detalha.

    As equipes do Projetek são multidisciplinares, compostas por professores e estudantes de graduação e pós-graduação de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil e Engenharia Elétrica, além de profissionais registrados nos respectivos conselhos de classe.

    Para reduzir os custos das obras, foi adotada a tecnologia BIM (sigla em inglês para Building Information Modeling ou Modelagem de Informações da Construção), que possibilita a atuação simultânea e colaborativa das áreas envolvidas nos projetos de edificações e instalações.

    A UEPG irá atender, a partir de fevereiro, as cidades de Arapoti, Carambeí, Curiúva, Imbaú, Ipiranga, Ivaí, Ortigueira, Piraí do Sul, Porto Amazonas, Reserva, São João do Triunfo, Sengés, Tibagi e Ventania. Alguns empreendimentos estão em fase de prospecção, como creche, unidade básica de saúde e centros de atendimento para idosos, de reabilitação e hidroterapia e de informações turísticas.

    A Universidade Estadual de Londrina (UEL) está desenvolvendo projetos para os municípios de Cafeara, Guaraci, Lupionópolis, Prado Ferreira e Sertanópolis. Entre as obras estão centros de educação infantil, arena de esportes, barracões industriais, clínica de fisioterapia, entre outros.

    Já as universidades estaduais de Maringá (UEM), do Oeste do Paraná (Unioeste) do Centro-Oeste (Unicentro), do Norte do Paraná (UENP) e do Paraná (Unespar) devem começar o atendimento em março de 2023.

    ies-calendarioacademico2023
    05-01-2023
    Os Conselhos de Ensino, Pesquisa e Extensão das universidades estaduais do Paraná definiram os calendários das atividades dos cursos de graduação referentes ao ano letivo de 2022, que se estendeu até o ano civil de 2023 por conta da pandemia, e também os períodos para ano letivo de 2023. O calendário orienta os professores e alunos por meio das datas e prazos estabelecidos. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional , na educação superior o ano letivo deve ter 200 dias de trabalho acadêmico efetivo, no mínimo.

    A Universidade Estadual de Londrina (UEL) inicia as aulas do segundo semestre de 2022 no dia 23 de janeiro, com término em 2 de junho. O primeiro semestre de 2023 começa no dia 17 de julho e finaliza em 25 de novembro. As atividades do segundo período letivo de 2023 estão previstas para o período de 8 de janeiro a 11 de maio de 2024.

    As atividades acadêmicas do segundo semestre de 2022 da Universidade Estadual de Maringá (UEM) reiniciam no dia 23 de janeiro e se estendem até o dia 2 de maio de 2023. Foi elaborada uma proposta para o calendário acadêmico de 2023, que será analisada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE). Caso seja aprovada, a previsão é iniciar o ano letivo na segunda quinzena de junho de 2023.

    Os alunos e professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) ficam em recesso até 31 de janeiro. As atividades do ano letivo de 2022 reiniciam no dia 1° de fevereiro com encerramento previsto para o dia 18 do mesmo mês. O ano letivo de 2023 inicia em 9 de março para os alunos do curso de Medicina e no dia 13 de março para todos os demais cursos. O ano letivo será finalizado até 22 de dezembro.

    Na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) o retorno das atividades acadêmicas referentes ao primeiro semestre de 2022 ocorrerá em 1° de fevereiro, com encerramento no dia 27 de fevereiro. O segundo semestre de 2022 está previsto para o período de 8 de março a 11 de julho de 2023. O ano letivo de 2023 iniciará em 7 agosto com encerramento em junho de 2024.

    Na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) o segundo semestre de 2022 inicia no dia 27 de fevereiro e encerra no dia 14 de abril. A proposta do calendário acadêmico para 2023 está em elaboração.

    As aulas do segundo semestre de 2022 da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) retornam em 1° de fevereiro e terminam no dia 11 de março. O ano letivo de 2023 terá suas atividades entre os dias 3 de abril de 2023 e 6 fevereiro de 2024.

    As aulas do segundo semestre de 2022 da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) retornam no dia 6 de fevereiro e encerram em 4 de março. Já o ano letivo de 2023 inicia no dia 16 de março e termina em 22 de dezembro de 2023.

    Acesse o calendário das universidades:

    UEL – calendário 2022

    UEM – calendário 2022

    UEPG – calendário 2022 – calendário 2023

    Unioeste – calendário 2022

    Unicentro – calendário 2022

    UENP – calendário 2022 – calendário 2023

    Unespar – calendário 2022 – calendário 2023

    uepg-captacaodeorgaos
    24-01-2023
    Os complexos hospitalares das universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG) e do Oeste do Paraná (Unioeste) alcançaram resultados significativos na captação de órgãos e tecidos em 2022. Ao todo, foram recebidas 99 doações, o que representa um aumento de 94% em relação a 2021 (51).

    O transplante é a única alternativa capaz de reestabelecer as funções de um órgão ou tecido comprometido em pessoas com doenças crônicas ou agudas. Um paciente pode doar o coração, rins, pâncreas, pulmões, fígado, além de tecidos como córneas, pele, ossos, válvulas cardíacas e tendões. Atualmente, segundo o Ministério da Saúde, o Brasil dispõe do maior programa público de transplantes do mundo. Em números absolutos, do total de transplantes realizados, o País fica em segundo lugar, atrás somente dos Estados Unidos.

    Na UEL, o Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná registrou 41 captações de órgãos e tecidos no decorrer do ano passado, o que equivale a um aumento de 485% em relação ao ano anterior, quando foram realizados sete procedimentos. A unidade começou esse trabalho em 1998, com uma média de quatro captações nos dez primeiros anos. Em 2017 houve 45 procedimentos, o número mais alto da série histórica.

    Em 2020, em decorrência das contraindicações relacionadas ao novo coronavírus, o HU da UEL registrou uma queda de 75% na captação de órgãos. Nesse período, o hospital se tornou uma referência no atendimento aos pacientes com suspeita da Covid-19 ou diagnosticados com a doença.

    Segundo a enfermeira Caroline Marchi, a vacinação e outras medidas de combate ao novo coronavírus impactam positivamente na doação de órgãos. “Houve um aumento na captação de órgãos e tecidos em 2022, devido à diminuição dos casos de Covid-19. No ano passado, o hospital retomou os atendimentos aos pacientes com doenças clínicas, vítimas de traumas e acidentes”, afirma a profissional da saúde, que integra a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do HU-UEL.

    O Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais, em Ponta Grossa, registrou um aumento de 77% na captação, totalizando 16 procedimentos, sete a mais do que no ano anterior (9). A taxa de recusa das famílias diminuiu de 40% em 2021 para 36%. Em Cascavel, o Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop) somou 36 captações de órgãos em 2022, um aumento de 38% em comparação ao ano anterior, com 26 procedimentos. Já a taxa de recusa das famílias é de 31%.

    O HU da UEM registrou seis captações em 2022, contra nove em 2021. O HU criou o Serviço de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes em 2016. A unidade conta com um enfermeiro exclusivo para a captação de córneas. Os demais órgãos sólidos ficam sob a responsabilidade de equipes da Central Estadual de Transplantes, vinculada à Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa).

    CONSCIÊNCIA E RECUSA – As doações são efetivadas somente depois da permissão e autorização expressa de parentes próximos. Nesse cenário, o HU de Maringá, no Noroeste do Estado, é destaque na diminuição de recusas familiares para a doação de órgãos e tecidos. Nos últimos três anos, a média de rejeição das famílias foi de 4%. Nos anos de 2020 e 2022 todas as famílias entrevistadas aceitaram doar. Em 2021, a unidade registrou apenas duas recusas.

    Segundo o relatório da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), com dados referentes ao período de janeiro a setembro do ano passado, a recusa das famílias brasileiras aumentou nos últimos anos. O Paraná é destaque nacional na aceitação das famílias que concordam em doar os órgãos. No geral, 72% das famílias aprovam. A média brasileira é 53%.

    No ano passado, 13 famílias recusaram doar órgãos no HU-UEL; nove no HU-UEPG; e 16 no Huop. Além das recusas, as contraindicações clínicas também descartam a possibilidade de algumas doações, como infecção generalizada e câncer. Ao todo, dentro desse quadro, foram 26 doações não concretizadas em Londrina; 21 em Cascavel; oito em Ponta Grossa; e três em Maringá.

    “O baixo índice de recusa no Paraná se deve aos treinamentos que foram realizados para a equipe com foco no preparo para comunicação de situações críticas e o acolhimento familiar durante todo o processo”, pontua a enfermeira do HU-UEM, Rosane Almeida de Freitas, profissional que também responde pela coordenação da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do hospital.

    Assim como os outros complexos hospitalares das universidades, o hospital da UEM mantém uma comissão interdisciplinar, composta por médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais.

    PROCESSO – O processo de captação de órgãos começa quando a morte encefálica é confirmada no paciente, condição que apresenta a perda completa e irreversível das funções cerebrais. Esse diagnóstico é conduzido por meio de diversos exames médicos, realizados mais de uma vez, com intervalo de tempo para assegurar o óbito com precisão.

    A partir desse momento, o setor de notificação, captação e distribuição de órgãos da Central de Transplantes é comunicado e repassa a informação para a Organização de Procura de Órgão (OPO) da região. Essa unidade desloca uma equipe até o hospital para examinar o doador e avaliar os órgãos e a compatibilidade com prováveis receptores.

    A coleta e o transporte do órgão precisam ser rápidos. Coração e pulmão, por exemplo, podem ficar fora do corpo por quatro horas, o fígado por 12 horas e o pâncreas por até 20 horas. O Sistema Estadual de Transplantes tem nove veículos, além de um veículo em cada OPO: Curitiba, Cascavel, Londrina e Maringá.

    A rede de transporte das Regionais de Saúde no Interior está em alerta permanente, assim como a frota de aeronaves do governo. O serviço aeromédico do Estado e o Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) auxiliam essa logística. Neste ano já foram captados órgãos em Santa Catarina, Mato Grosso e Minas Gerais (um fígado encaminhado para uma criança em Curitiba).

    Os pacientes que precisam de transplantes são cadastrados em uma lista única, por ordem cronológica de inscrição. Os receptores são selecionados de acordo com o estado de saúde, necessidade e órgão, além da compatibilidade.

    O rim é o órgão com o maior número de transplantes realizados no ano passado em todo o Estado – 471, segundo o relatório do Sistema Estadual de Transplantes do Paraná. Em seguida vem o fígado, com 308 registros; o pâncreas/rim com oito doações; o fígado/rim com três; e o pulmão com uma doação. No total, foram 809 transplantes de órgãos e 930 transplantes de córnea.

    O Paraná reúne 16 centros de transplantes e 23 equipes com profissionais para transplantes de órgãos. Para o transplante de tecidos são disponibilizados 25 centros de córneas, 23 centros musculoesquelético e seis centros de válvulas cardíacas.

    SEJA UM DOADOR – Para ser um doador, qualquer cidadão pode avisar aos parentes próximos para que autorizem a doação. Existem dois tipos de doadores: o doador falecido, que é

    ies-vestibular
    06-01-2023
    As universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro) e do Norte do Paraná (UENP) farão as provas dos vestibulares nas próximas semanas, referentes ao ano letivo de 2023. O vestibular é o principal processo seletivo para ingressar nos cursos de graduação das instituições de ensino superior.

    A UENP aplica as provas no dia 15 de janeiro e o resultado será publicado em 10 de fevereiro. Os candidatos realizam o vestibular em Bandeirantes, Cornélio Procópio e Jacarezinho. Neste ano, a universidade oferta 1.110 vagas para ingressar nos 27 cursos de graduação. Mais informações AQUI.

    As inscrições do vestibular da Unioeste foram prorrogadas e seguem abertas até 9 de janeiro. As provas serão no dia 5 de fevereiro e o candidato pode escolher entre nove cidades para fazê-las: Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guarapuava, Marechal Cândido Rondon, Maringá, Toledo e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A instituição oferta 64 cursos que somam 1.230 vagas.

    Os inscritos no vestibular da UEM farão as provas em 12 de fevereiro e o resultado será anunciado em 23 de março. São 2.366 vagas distribuídas em mais de 70 cursos de graduação. As acontecerão nas cidades de Apucarana, Campo Mourão, Cascavel, Cianorte, Cidade Gaúcha, Curitiba, Goioerê, Ivaiporã, Maringá, Paranavaí e Umuarama. Acesse o edital.

    A UEL divide o processo seletivo em duas etapas: 1ª fase contempla os conteúdos de conhecimentos gerais e será no dia 5 de março. Nesta edição, as provas serão aplicadas em Cascavel, Curitiba, Guarapuava, Londrina e Umuarama. As inscrições encerraram no dia 10 de outubro de 2022 e 20.858 estudantes se inscreveram.

    A 2ª fase foi dividida em três dias: em 2 de abril ocorre a prova de Línguas e Literaturas; no dia 3 a prova discursiva de conhecimentos específicos; e a prova de habilidades específicas, no dia 4 de abril, para os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Artes Visuais, Design Gráfico e Design de Moda. São ofertadas 2.541 vagas distribuídas em 52 cursos de graduação. A primeira chamada dos aprovados será divulgada em 4 de maio. Veja mais informações.

    As universidades estaduais de Ponta Grossa (UEPG), do Paraná (Unespar) e a Unicentro realizaram os processos seletivos para ingressar nas instituições no ano passado. A UEPG divulgou a lista dos aprovados em 22 de dezembro. Os 10.730 inscritos fizeram a prova em 11 de dezembro para as 1.495 vagas.

    Na Unespar, o resultado foi divulgado em 21 de dezembro e as provas aplicadas no dia 6 de novembro. Houve 4.341 candidatos inscritos. Os aprovados no processo seletivo da Unicentro foram anunciados em 2 de dezembro. Os 6.035 estudantes inscritos disputaram 1.240 vagas e realizaram as provas no dia 6 de novembro.

    POVOS INDÍGENAS – Neste ano, a Unicentro organiza o Vestibular dos Povos Indígenas. São reservadas seis vagas em cada uma das sete universidades estaduais do Paraná e outras 10 para a Universidade Federal do Paraná (UFPR). As inscrições são gratuitas e seguem até 13 de fevereiro. As provas ocorrem nos dias 7 e 8 de maio dentro das terras indígenas em sete polos: Apucaraninha, Cornélio Procópio, Curitiba, Mangueirinha, Manoel Ribas, Nova Laranjeiras e Santa Helena. O resultado sai no dia 31 do mesmo mês. Confira o Manual do Candidato.

    Veja o cronograma das próximas provas:

    UENP – 15/01

    Unioeste – 05/02 – Inscrições até 9/01

    UEM – 12/02

    Unicentro – 07 e 8/05 – Vestibular dos Povos Indígenas. Inscrições até 13/02

    UEL – 05/03 – 1ª fase. 2/04 a 4/04 – 2ª fase

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